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quarta-feira, 9 de setembro de 2015

120 anos de relações diplomáticas entre Brasil e Japão

          Nosso diretor Renato Gonçalves Ilieff, na qualidade de membro do Conselho do Corpo Consular de Santa Catarina, participou da homenagem aos 35 anos de irmanamento entre o Estado de Santa Catarina e a Província de Aomori no Japão. Este evento representa a importância nas relações Culturais e Diplomáticas entre os dois países.
         As relações diplomáticas entre o Japão e o Brasil tiveram início em 5 de novembro de 1895 após um acordo firmado entre os embaixadores japonês Soné Arasake e brasileiro Toledo Piza de Almeira, em Paris.
         O acordo de irmanamento entre Santa Catarina e a província de Aomori foi firmado em outubro de 1980. O documento prevê intercâmbio cultural e técnico e estimula a amizade entre as duas comunidades. Uma das grandes contribuições veio para a produção de maçã na Serra catarinense a partir da introdução de tecnologia japonesa. Em 1994, o acordo foi revisto para ampliar a parceria ao setor madeireiro.
         Entre os municípios catarinenses, a cidade de Itajaí tem um termo de coirmandade assinado com a cidade de Sodegaura. Este acordo data de 1979.
        “A presença da comunidade japonesa nestes 35 anos permite uma rica troca de culturas e estimula o desenvolvimento econômico, sem falar no exemplo de vida e superação que representa. Há muitas conquistas a serem comemoradas. Nós continuaremos o trabalho de fortalecer os laços com este parceiro estratégico para o futuro do nosso Estado, disse Colombo.
         Em 2010, Santa Catarina assinou acordos de cooperação com a Agência de Cooperação Internacional do Japão (Jica) na área de saneamento ambiental. A Jica também elaborou, a fundo perdido, planos que visam prevenir e reduzir os efeitos de catástrofes climáticas como as cheias de 2008 no Vale do Itajaí.
        O embaixador Umeda destacou que, no Brasil, estão aproximadamente 1,9 milhão de nipo-descendentes e que, em Santa Catarina, estão cerca de 14 mil japoneses descendentes importantes para o setor da agricultura e para diversas outras áreas.“Com isso, contribuímos para o desenvolvimento do Estado e da nação brasileira. Este fato é a razão pela qual sinto grande orgulho de ser embaixador do Japão. Hoje o Japão está importando de Santa Catarina frangos, carne suína e suco de maçã. Para a segurança alimentar do Japão, o Estado é muito importante, além de muitos outros fatores, afirmou o embaixador.
         O secretário de Assuntos Internacionais, Carlos Adauto Virmond, disse que Santa Catarina foi o primeiro Estado a receber os japoneses e, com o passar dos anos, houve uma grande aproximação, tornando-se grandes parceiros comerciais. As colaborações se iniciaram na década de 1970, quando técnicos japoneses trazidos pelo Governo do Estado ajudaram na consolidação do cultivo da maçã em São Joaquim. Contribuíram ainda em outras culturas, como pêssego e kiwi, e na atividade pesqueira.” Para Virmond, o objetivo agora é tornar Santa Catarina a porta de entrada para japoneses no Brasil.
Japoneses em SC
               A colonização japonesa em Santa Catarina começou oficialmente em 1964 a partir a instalação da colônia Celso Ramos, hoje localizada no município de Frei Rogério, no Meio-Oeste, com a distribuição de lotes a descendentes de japoneses vindos do Rio Grande do Sul. Mas, há registros da presença de famílias e pessoas da etnia japonesa em Santa Catarina já nos anos de 1950.
          Itajaí, Canoinhas, Caçador e São Joaquim acolheram colonos a partir da década de 1970. Outras cidades, como Florianópolis, Caçador, Lages e Joinville também receberam imigrantes e descendentes de japoneses.
          No Brasil, a colonização começou em 1908, com a vinda de imigrantes para fazendas de café em São Paulo. Hoje, imigrantes e descendentes do Japão formam um contingente de 1,5 milhões de pessoas no Brasil - a maior comunidade fora do Japão.

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